Trata-se de terrenos localizados no bairro de Triângulo, arredores daquela cidade portuária. Os representantes dos respectivos partidos, que decidiram unir-se na disputa do caso, exigem a devolução imediata do espaço ora nas mãos da comunidade muçulmana, que pretende construir uma mesquita. Os mesmos pedem a presença, no local, da equipa de Conselho Municipal, a fim de explicar as razões que estão por detrás do alegado negócio a favor dos muçulmanos.
Falando ao nosso jornal, Lídia Capite, secretária do bairro do partido Frelimo, António Guigone e Cândido Gonçalves, delegados políticos da Renamo e do MDM, respectivamente, dizem que a edilidade liderada por Chale Ossufo decidiu vender os terrenos à comunidade muçulmana sem o seu consentimento. Os três afirmaram que, ao invés de vender, o município devia ter baptizado o espaço, ora em disputa, com o nome Praça da Paz, pelo facto de juntar os três principais partidos políticos do país, sem se registar qualquer tipo de conflito, o que constitui o primeiro exemplo, a nível da província, em termos de convivência democrática. Aliás, este pode ser o primeiro caso de disputa de terra envolvendo os partidos políticos, sobretudo a Frelimo e o Conselho Municipal da cidade de Nacala, Nampula.