Um responsável da Cruz Vermelha tinha adiantado à agência francesa que “pelo menos dez pessoas morreram”, mas um porta-voz do instituto politécnico que fica junto à residência estudantil confirmou à Reuters que pelo menos 26 estudantes morreram no ataque e também a BBC adiantou “mais de 20 mortos” com base em relatos da polícia.
O ataque ocorreu na residência de estudantes junto ao instituto politécnico de Mubi. “Vários homens armados entraram e começaram a disparar”, contou à AFP Abdulkarim Bello, responsável da Cruz Vermelha local, enquanto uma fonte governamental confirmou à agência francesa que os disparos causaram “muitos mortos”.
Um residente que pediu para não ser identificado disse à BBC que homens armados entraram no hall da residência universitária pouco antes da meia-noite, ordenaram aos estudantes que entrassem nos seus quartos e se identificassem. Alguns foram mortos a tiros, adiantou, outros foram esfaqueados. “Todos ficaram aterrorizados.”
As autoridades decretaram recolher obrigatório na cidade e a universidade foi temporariamente encerrada.
Membros das forças de segurança e dos serviços de emergência acorreram ao local do ataque, que ainda não foi reivindicado. A residência universitária fica na região de Adamawa, onde já ocorreram vários ataques atribuídos ao grupo islamista Boko Haram.
Algumas das vítimas eram candidatos à eleição para uma associação estudantil, adiantou a AFP, desconhecendo-se se isso terá estado na origem do ataque. Sabe-se, no entanto, que na semana passada as forças armadas da Nigéria anunciaram ter morto um líder do Boko Haram e detido cerca de 150 alegados membros do grupo.
Mubi fica próximo de Maiduguri, uma cidade no estado de Borno que é considerado um bastião do grupo Boko Haram, acusado pela organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch de ser responsável pela morte de mais de 1400 pessoas desde 2010.