Economia Terra não deve ser motivo de conflitos

Terra não deve ser motivo de conflitos

Terra não deve ser motivo de conflitos
Geir melhor a terra para evitar a eclosão de conflitos face às novas descobertas e exploração de recursos naturais, sobretudo minerais, foi uma das mensagens de fundo que a Ministra da Administração Estatal, Carmelita Namashulua, emitiu ontem, em Gondola, província de Manica.

Acrescentou na ocasião que os recursos constituem uma plataforma de desenvolvimento que igualmente vai contribuir para fortalecer a vida da população.

Falando no XVIII Conselho Coordenador do seu ministério, que decorre até amanhã, Carmelita Namachulua afirmou que este tema se reveste de capital importância nesta fase de desenvolvimento, porque há cada vez mais descobertas de recursos naturais estratégicos e, consequentemente, um fluxo cada vez maior de investimentos e a população ergue os seus empreendimentos que podem colidir, em termos de espaço, com as necessidades de exploração destes recursos.

“Se deixarmos a população implantar as suas infra-estruturas hoje e amanhã pretendermos retirá-la, porque queremos colocar no mesmo lugar uma escola, aí poderemos criar conflitos, o que pode ser evitado se nos prepararmos melhor, ordenando cada vez melhor os espaços disponíveis” – alertou.

Dirigindo-se particularmente aos órgãos locais do Estado, disse que devem desenvolver acções de coordenação com as entidades competentes de ordenamento territorial, para que prevejam os espaços habitacionais e ou para implantação de projectos (agrários ou mineiros) de grandes investimentos, respeitando neste exercício as reservas do Estado.

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Em Tete, por exemplo, com a explosão da indústria mineira, várias pessoas, que dependiam do solo para produzir comida, cederam a sua terra para a mineração. Como consequência do conflito de interesse que se instalou a seguir, assistimos a greves para reivindicar reassentamentos e recompensas devido às perdas.

Por seu turno, a Governadora de Manica, Ana Comoane, disse que, a nível provincial, o Governo tem feito tudo no sentido de poupar para investir em actividades de combate à pobreza.

Em 2011, segundo a fonte, 26 novas casas foram construídas para funcionários públicos, e 106 cisternas para armazenamento de água, para melhorar a vida da população.Afirmou, por outro lado, que o Executivo que dirige tem estado a trabalhar na distribuição da rede de energia nacional aos distritos, para fortalecer o funcionamento dos órgãos de Estado, e assim fornecer os dados do nível distrital, através do Gov Net (Governo electrónico).

No 18.º Conselho Coordenador, que ontem iniciou em Gondola e que decorre sob o lema “Por Uma Descentralização Orientada Para o Empoderamento das Comunidades”, deverão, entre outras matérias, discutir-se ainda os ganhos e recomendações das presidências abertas realizadas pelo Presidente da República, a situação da gestão de calamidades e dos reassentamentos.