Sociedade Criminalidade Polícia à caça dos mandantes dos Sequestros em Maputo

Polícia à caça dos mandantes dos Sequestros em Maputo

Informações indicam que uma brigada da Polícia de Investigação Criminal deslocou-se, recentemente, à vizinha África do Sul, para uma operação de busca e captura dos supostos mandantes dos sequestros.
FIR Moçambique
Senhor vice-ministro, já foram capturados os alegados sequestradores, mas, neste momento, há uma preocupação. Qual é o ponto de situação dos mandantes?

É um trabalho subsequente e sei que a polícia já o está a realizar. Eu penso que, tendo os executores, a investigação dos processos junto ao Ministério Público e aos tribunais, com a colaboração clara da PIC, vai consistir, essencialmente, na  localização e busca dos mandantes.

Qual é o ponto de situação dos sequestradores que se encontram na África do Sul, uma vez que, semana passada, uma brigada fortemente preparada, em termos de meios financeiros, se deslocou àquele país vizinho?

Agora não posso dizer qual é o ponto de situação, mas os resultados virão. Há alguma certeza de que eles estão na África do Sul e noutros países da Ásia, mas tudo leva-nos a crer que estamos num bom caminho, porque temos apoio da contraparte sul-africana, da Interpol. Penso que daqui a algum tempo, teremos os indivíduos cá no país e vamos levá-los à barra do tribunal.

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Quantos mandantes são e de que nacionalidade eles são?

São dois mandantes de nacionalidade moçambicana, sendo um de origem asiática.

Quantas viaturas e quanto dinheiro já foram recolhidos?

Já foram recolhidas 22 viaturas. Sei que já foi congelada uma conta bancária de 13 milhões de meticais, mas o processo continua. Os detidos estão em sessões de perguntas e respostas.

Qual tem sido o contributo da comunidade perante esta situação?

A comunidade sempre colaborou, mas o acento tónico que devemos ter em conta é a própria capacidade profissional da polícia. A polícia tem que realizar o seu trabalho, que é esclarecer os crimes. A participação da comunidade é uma mais-valia para que o esclarecimento dos crimes seja mais célere. Para conhecermos os esconderijos onde as vítimas eram acantonadas, foi graças a contribuição das próprias comunidades.