Sociedade Criminalidade Corpo de mulher encontrado sem vida e mutilado em Angónia

Corpo de mulher encontrado sem vida e mutilado em Angónia

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Um corpo de uma mulher de 48 anos de idade foi encontrado sem vida e com órgãos genitais mutilados, há dias numa machamba de amendoim, no distrito de Angónia, na província de Tete, suspeitando-se que se trata de um crime praticado por traficantes de órgãos humanos.

Em conexão com o caso, encontra-se detido um jovem de 16 anos, o qual, segundo uma fonte da polícia, já confessou ter assassinado a vítima, Essinate Ernesto, acompanhado de seus comparsas, ora a monta.

A polícia não disse os porquês do assassinato da mulher nem da mutilação dos seus órgãos genitais.

Este é o segundo caso, em menos de um mês, na província de Tete, depois de ter ocorrido o de dois indivíduos que deceparam testículos de um miúdo de 11 anos de idade, que se encontrava a vender ovos cozidos na rua.

A vítima de Angónia respondia em vida pelo nome de Essinate Ernesto, mais conhecida por Nakhoza, que deixou quatro menores, ao ser morta na sua zona de residência, chamada Chikudo (Rinzi), mais precisamente no limiar da vila autárquica de ulungué.

João Laissone, tio de Nakhoza, explicou que quando os familiares se aperceberam que nunca mais voltava da machamba, foram até ao referido campo agrícola e encontraram o corpo sem vida e com falta de alguns órgãos.

Acrescentou que trataram logo de comunicar o caso à Polícia da República de Mocambique (PRM). A resposta policial não agradou os residentes daquela área, daí que se tenham pernoitado na machamba, onde o corpo jazia.

Laissone explicou que diligências feitas culminaram com a detenção de um jovem suspeito, de 16 anos de idade, o qual confessou que matou aquela mulher na companhia de cinco seus comparsas, ora a monte.

“O jovem foi suspeito porque no dia do crime, havia assaltado uma outra mulher, em plena luz do dia, que se dirigia ao mercado para vender tomate e peixe. Deste assalto, o agressor arrancou-lhe o que tinha, incluindo 200 meticais em dinheiro, capulana e sapatos” – explicou o interlocutor.

O assassino disse à polícia que matou Essinate Ernesto na companhia de cinco seus comparsas, que vivem no bairro municipal Matewere.

O tio da vítima lamentou o facto de a sua sobrinha ter sido morta como se fosse galinha, visto que os malfeitores agrediram-na e retiraram os seus órgãos. Disse que os autores do crime deviam ser responsabilizados e apanhar uma dura pena, de modo a desencorajar esta prática de traficar os órgãos humanos.