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Sudão: Ataques das forças de apoio rápido deixam 26 mortos no Cordofão do Sul

Pelo menos 26 civis perderam a vida e mais 30 ficaram feridos em ataques perpetrados pelas Forças de Apoio Rápido (RSF) e suas forças aliadas em três cidades do estado do Cordofão do Sul, no Sudão. A informação foi divulgada por uma organização não governamental local.

A Coordenação dos Comités de Resistência denunciou os ataques, qualificando-os como um “ataque directo contra a população civil” e acusando os agressores de terem uma intenção premeditada de destruir as cidades da região e expulsar os seus habitantes. A ONG alertou que a continuação dessa estratégia agressiva poderá resultar numa catástrofe humanitária generalizada.

Os ataques, que se iniciaram na noite de domingo e se prolongaram até à madrugada de hoje, afectaram as cidades de Diling, Delami e Abu Jubeiha, causando não apenas mortes e ferimentos, mas também danos significativos à infra-estrutura local. A organização fez um apelo à formação de uma comissão de investigação imparcial, composta por entidades internacionais e regionais, para documentar os crimes cometidos e assegurar que os responsáveis sejam levados à justiça.

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O Cordofão do Sul tem sido cenário de uma escalada de violência por parte dos paramilitares da RSF e do Movimento de Libertação do Povo Sudanês-Norte (SPLM-N), liderado por Abdelaziz al Hilu, numa tentativa de impedir o avanço do exército regular na área. Este conflito é parte de uma luta mais ampla que afecta a cidade de Al-Fashir, capital de Darfur do Norte, que se tornou o último bastião do exército regular na região ocidental, actualmente sitiada e alvo de constantes ataques.

A Organização das Nações Unidas (ONU) recentemente apelou à comunidade internacional para tomar medidas urgentes a fim de proteger a cidade estratégica de Al-Fashir. Desde o início da guerra em 15 de Abril de 2023, o conflito já resultou na morte de dezenas de milhares de pessoas e na deslocação de mais de 14 milhões, tanto dentro como fora do país. A ONU classifica a situação no Sudão como a “pior crise humanitária do mundo”.