O presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou que está disposto a considerar a concessão de um perdão ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que se encontra a ser julgado por acusações de corrupção.
Esta declaração foi feita durante uma entrevista à Rádio do Exército e foi amplamente divulgada pelos meios de comunicação israelitas.
“Se me pedirem perdão, considerarei”, declarou Herzog, ressaltando que já tentou promover um entendimento entre a defesa de Netanyahu e o Ministério Público em relação às três acusações que pesam sobre o primeiro-ministro. Herzog salientou que os casos de Netanyahu representam um “fardo pesado para o sistema”, descrevendo-os como incómodos e sobrecarregando-o.
Desde Dezembro de 2024, Netanyahu comparece ao seu julgamento em Telavive duas vezes por semana, embora tenha depositado três vezes semanalmente desde Novembro para acelerar o processo.
A defesa do primeiro-ministro argumentou em diversas ocasiões que razões de segurança nacional e questões de saúde justificaram a suspensão dos depoimentos. Em Julho, por exemplo, a defesa pediu a interrupção do processo devido a uma intoxicação alimentar, levando ao cancelamento de duas audiências agendadas.
Netanyahu, o primeiro chefe de Governo na história de Israel a ser processado enquanto exerce funções, enfrenta três acusações distintas: os Casos 1000 e 2000, que envolvem fraude e abuso de confiança, e o Caso 4000, por suborno, fraude e abuso de confiança. O primeiro-ministro tem classificado o julgamento como uma “caça às bruxas”, alegando que se trata de uma conspiração do “Deep State” contra a sua pessoa.