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Defesas solicitam absolvição no primeiro dia de julgamento de tentativa de golpe de Estado

O primeiro dia do julgamento referente à tentativa de golpe de Estado no Brasil culminou com os advogados de defesa de vários réus a pedirem a absolvição dos seus clientes, após a acusação solicitar a condenação de todos os envolvidos.

Na parte da tarde, a defesa do antigo assessor do ex-presidente brasileiro apresentou os seus argumentos, defendendo a inocência do seu cliente e enfatizando que este desempenhou um papel crucial na investigação, ao fornecer pistas de “extrema relevância” para o caso.

O advogado Jair Alves Pereira argumentou que, sem as declarações de Mauro Cid, muitos dos pormenores discutidos com os comandantes poderiam permanecer desconhecidos.

As revelações de Mauro Cid foram consideradas fundamentais na construção da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus da sua administração, que enfrentam potencial penas de prisão superiores a 40 anos. Cid alegou que Bolsonaro recebeu, leu e alterou um decreto destinado a declarar estado de sítio, revertendo a vitória eleitoral de Lula da Silva e ordenando a prisão de várias autoridades, incluindo juízes do Supremo Tribunal.

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Subsequentemente, os advogados de defesa de outros réus, como o deputado federal e ex-director da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, e o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, apresentaram as suas argumentações. O advogado de Ramagem garantiu que o seu cliente não esteve envolvido em qualquer esquema de espionagem durante o governo de Bolsonaro, negando as alegações de que tenha disseminado informação falsa sobre a integridade do processo eleitoral de 2022.

Em relação ao ex-comandante da Marinha, cuja defesa refutou as acusações que o ligam a um suporte militar no plano de impedir a posse de Lula da Silva, a narrativa da acusação foi igualmente contestada.

Por fim, a defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que enfrenta acusações de ter em sua posse um documento relacionado a um plano de golpe de Estado e de colaborar com uma alegada “organização criminosa”, também negou as acusações, considerando que a versão apresentada pelo Ministério Público não corresponde à verdade.