O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou uma advertência à China, afirmando que o país poderá enfrentar tarifas que rondam os 200% sobre produtos que entram no mercado norte-americano, caso Pequim não aumente as suas exportações de ímanes de terras raras.
Esta declaração foi feita durante um encontro na Sala Oval com o seu homólogo sul-coreano, Lee Jae-myung.
Os ímanes de terras raras são componentes cruciais nas indústrias automóveis, electrónica e de armamento, e a China é, de momento, o principal produtor mundial destes materiais estratégicos. No início do mês de Abril, o governo chinês impôs uma licença para a exportação de terras raras, considerada uma retaliação às tarifas aduaneiras impostas pelos Estados Unidos.
A crescente tensão entre as duas potências gerou uma guerra comercial, com ambos os países a responderem ao aumento das tarifas um do outro, que atingiram valores de 125% e 145%. Contudo, após várias rondas de negociações, a situação parece ter-se aliviado um pouco. O governo chinês comprometeu-se a acelerar a emissão de licenças para empresas norte-americanas.
Trump expressou optimismo nas suas relações com a China, mencionando uma conversa recente com o Presidente Xi Jinping e a possibilidade de uma visita à China ainda este ano. Contudo, o Presidente norte-americano reconhece que Pequim detém vantagens, mas afirmou que Washington também possui “trunfos incríveis”, embora prefira não os utilizar para evitar consequências devastadoras para a China.
Nos últimos meses, representantes dos EUA e da China reuniram-se em várias ocasiões para discutir as questões comerciais. Após esses encontros, os dois países concordaram em manter as tarifas mútuas em 30% e 10%, respectivamente, por um período de 90 dias, já prorrogado duas vezes, com a última prorrogação até Novembro deste ano. Adicionalmente, Pequim conseguiu uma redução nas tarifas sobre as exportações de semicondutores de alta precisão dos Estados Unidos, cuja venda para empresas chinesas tem sido progressivamente restringida.
