A Comissão Técnica para o Diálogo Nacional Inclusivo de Moçambique dará início ao recebimento de propostas de candidatos para preencher os três lugares reservados a figuras da sociedade civil na comissão.
As candidaturas poderão ser apresentadas presencialmente ou de forma virtual, sendo que toda a documentação deve ser entregue aos Secretários de Estado provinciais até o dia 30 de Junho.
O presidente da comissão, Edson Macuacua, foi citado no jornal independente “O País” e assegurou que o processo de selecção das três figuras da sociedade civil será conduzido de forma transparente e inclusiva. “Na selecção, vamos priorizar o equilíbrio, a representação de género e a diversidade regional”, afirmou. “Existindo uma grande disposição das figuras da sociedade civil em participar, pretendemos garantir que a selecção seja criteriosa e transparente.”
Macuacua destacou que o perfil dos candidatos, a sua experiência, conhecimentos e a capacidade de representar todos os cidadãos serão os critérios primordiais na escolha.
Uma fase de consulta pública seguirá a selecção. “Serão realizadas duas rondas de consulta”, explicou. “Na primeira, a comissão deslocar-se-á às províncias para ouvir todas as forças vivas da sociedade.”
“Na primeira consulta, a comissão não levará nada consigo”, afirmou. “Estamos mais preparados para ouvir do que para falar. Estamos a criar espaço para que os intervenientes, sejam cidadãos ou membros da sociedade civil, possam questionar, partilhar ideias, opiniões, experiências e conhecimentos.”
É importante notar que os membros da sociedade civil na comissão serão superados em número pelos nomeados políticos. A comissão conta com 18 membros provenientes de nove partidos políticos, sendo que vários destes são organizações pequenas, pouco conhecidas da maioria dos moçambicanos, mas que conseguiram obter votos suficientes no último ano para conquistar alguns lugares nas assembleias provinciais.