As autoridades da República Democrática do Congo (RDCongo) confirmaram que o número de mortos resultantes das cheias que afectaram a cidade de Kinshasa aumentou de 19 para 29.
O novo balanço de vítimas foi divulgado pelo Ministério do Interior da RDCongo através de um comunicado no final de domingo, que especificou que as fatalidades foram registadas em oito zonas da capital, com destaque para Ngaliema.
Kinshasa, que abriga cerca de 17 milhões de pessoas, sofreu danos materiais significativos, deixando muitas famílias sem abrigo. Durante uma reunião de crise realizada no domingo, o ministro do Interior e da Segurança, Jacquemain Shabani, assegurou que as pessoas afectadas receberão assistência.
Imagens veiculadas pelos meios de comunicação social locais evidenciam ruas completamente inundadas e ocorrências de deslizamentos de terra.
Apesar de Junho ser tradicionalmente parte da estação seca na região, a precipitação foi intensa, atribuída a ventos provenientes do Golfo da Guiné. Augustin Tagisabo, chefe de divisão do METTELSAT, o serviço meteorológico nacional, indicou que a grande quantidade de chuva afectou não apenas Kinshasa, mas também o norte do país.
Os media locais da República Popular do Congo, país vizinho, relataram que o mau tempo resultou em pelo menos duas mortes na capital, Brazzaville, embora não tenham sido apresentados números oficiais. As cidades de Kinshasa e Brazzaville estão situadas em frente uma da outra, separadas pelo rio Congo, que actua como uma fronteira natural entre os dois países.