Milhares de quenianos foram às ruas em Nairobi para marcar o primeiro aniversário das manifestações que, em 2024, resultaram em confrontos violentos e numerosas fatalidades.
Os protestos, que inicialmente se desenrolaram de forma pacífica, rapidamente degeneraram em confrontações entre os manifestantes e as forças policiais em várias cidades do país.
A polícia respondeu à agitação com a utilização de gás lacrimogéneo e barreiras de arame farpado em torno de edifícios governamentais. Até ao momento, foram confirmadas pelo menos duas mortes e vários feridos durante os confrontos.
Um ano atrás, o país assistiu a uma onda de protestos que resultou na morte de cerca de 60 pessoas, motivados pelo aumento de impostos e pelas difíceis condições económicas enfrentadas, especialmente pelos jovens. A situação atingiu um ponto crítico a 25 de Junho, quando manifestantes invadiram o Parlamento.
As ruas foram novamente tomadas por milhares de cidadãos, incluindo familiares que perderam entes queridos durante os protestos anteriores. A situação tornou-se violenta quando alguns grupos começaram a lançar pedras contra as forças de segurança, clamando pela demissão do Presidente William Ruto. “Estamos a marchar contra a brutalidade policial, contra a opressão, contra os impostos elevados, contra tudo o que está errado neste país”, declarou Anthony, um jovem de 25 anos.