O Tribunal Superior de Pietermaritzburg, na província de KwaZulu-Natal, retoma as audiências relativas ao mediático caso de corrupção que envolve o antigo presidente sul-africano, Jacob Zuma.
O foco das deliberações judiciais recai, em particular, sobre o destino das acusações contra a empresa francesa de armamento Thales, co-acusada no processo.
Em Abril passado, a Thales apresentou um pedido formal para que o processo fosse arquivado, argumentando que o caso se tornou inviável após o falecimento de duas testemunhas consideradas cruciais para a acusação. Caso este pedido da empresa francesa seja deferido, o ex-presidente Jacob Zuma já manifestou a sua intenção de solicitar igualmente a retirada das acusações que pesam sobre si.
Zuma e a Thales são confrontados com múltiplas acusações, incluindo corrupção, extorsão, lavagem de dinheiro e fraude. Os alegados crimes remontam a um controverso acordo de compra de armas celebrado em 1999. Este caso tem sido um dos mais longos e complexos da história judicial sul-africana, marcado por sucessivos adiamentos e recursos legais.
A decisão do Tribunal Superior de Pietermaritzburg será determinante para o futuro do processo, podendo ter implicações significativas para a continuidade das acusações contra Jacob Zuma e para a percepção pública sobre a luta contra a corrupção na África do Sul.