Sociedade Governo solicita autorização à AR para aprovar regime jurídico dos seguros

Governo solicita autorização à AR para aprovar regime jurídico dos seguros

O Governo de Moçambique irá submeter um pedido de autorização legislativa à Assembleia da República (AR) com o intuito de aprovar o novo regime jurídico dos seguros no país. 

A proposta de lei foi aprovada ontem, em Maputo, durante a 20.ª sessão ordinária do Conselho de Ministros.

O porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, durante o habitual briefing à imprensa, esclareceu que a revisão do regime jurídico pretende introduzir reformas legislativas no sector dos seguros, adequando-as à dinâmica do contexto actual em Moçambique.

A proposta abrange ainda a implementação de reformas que alinham Moçambique aos princípios e boas práticas de gestão e governação de seguros, estabelecidas por organizações internacionais das quais o país é membro, como a Associação Internacional de Supervisores de Seguros (IAIS) e o Comité das Autoridades de Supervisão de Instituições Financeiras não Bancárias (CISNA).

A revisão inclui a criação da figura do provedor do cliente, que terá como principal responsabilidade agilizar a resolução de conflitos relacionados com contractos de seguros. Além disso, serão redefinidas as regras de distribuição de risco nas operações de resseguro.

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De acordo com Impissa, as reformas também visam “alargar o leque das infracções cometidas no exercício da actividade, incluindo o reforço das respectivas sanções”, assim como estabelecer regras gerais de conduta no mercado e introduzir princípios gerais de liquidação das seguradoras e resseguradoras.

Essas reformas são parte integrante das 40 recomendações do Grupo de Ação Financeira (GAFI), visando a retirada de Moçambique da Lista Cinzenta. Em Junho de 2021, o Grupo de Combate ao Branqueamento de Capitais da África Oriental e Austral (ESAAMLG), órgão regional similar ao GAFI, publicou um relatório sobre a avaliação mútua a Moçambique, identificando deficiências na conformidade com os padrões do GAFI, especialmente nas estruturas legais, regulatórias e institucionais do país em relação à eficácia do regime de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo.