Um estudo recente revela que a desnutrição crónica afecta alarmantes 38 por cento das crianças moçambicanas com menos de cinco anos.
Este fenómeno, que tem sido um desafio persistente no país, coloca em risco o desenvolvimento físico e cognitivo das futuras gerações.
Os dados apresentados indicam que as regiões mais afectadas são aquelas com menores índices de desenvolvimento económico e agregado familiar. A falta de acesso a alimentos nutritivos, aliada a práticas inadequadas de alimentação e cuidados infantis, intensifica este cenário preocupante.
Vários especialistas alertam que a desnutrição crónica não é apenas uma questão de quantidade de alimentos, mas sim de qualidade. Muitas crianças consomem dietas desequilibradas, ricas em calorias, mas pobres em nutrientes essenciais. O impacto na saúde das crianças manifesta-se em retardo no crescimento e várias complicações associadas ao sistema imunológico.
Além dos problemas de saúde, a desnutrição crónica tem repercussões directas nos índices de aprendizagem e no futuro económico do país. Crianças desnutridas tendem a enfrentar desafios significativos no ambiente escolar, o que compromete suas oportunidades de emprego e desenvolvimento social na vida adulta.
Organizações não governamentais e instituições governamentais têm intensificado esforços na implementação de programas de nutrição e sensibilização para tentar inverter este quadro. No entanto, a mobilização de recursos e a conscientização da população continuam a ser fundamentais para a luta contra a desnutrição crónica em Moçambique.
As autoridades e a sociedade civil são instadas a unir esforços para garantir que as crianças tenham acesso a uma alimentação saudável e equilibrada, condição essencial para o seu crescimento e desenvolvimento adequado.