Pelo menos oito pessoas morreram e outras oito estão desaparecidas após o colapso de uma pedreira na província de Java Ocidental, Indonésia, ocorrido na sexta-feira.
As autoridades indonésias confirmaram o balanço e prosseguem com as operações de busca.
Mais de duas dezenas de trabalhadores ficaram soterrados nos escombros quando a pedreira, localizada no distrito de Cirebon, ruiu. A chefe da polícia local, Sumarni (que, à semelhança de muitos indonésios, usa apenas um nome), informou que as equipas de resgate conseguiram retirar do local uma dúzia de feridos, num esforço árduo de busca. Nove dos feridos foram hospitalizados com lesões graves.
“As autoridades continuam a investigar a causa do desabamento e estamos a interrogar o proprietário e os trabalhadores da pedreira”, referiu Sumarni.
A polícia, equipas de emergência, militares e voluntários estão a trabalhar em conjunto para localizar os restantes trabalhadores desaparecidos, contando com o apoio de cinco escavadoras. No entanto, os trabalhos de resgate estão a ser dificultados pela instabilidade do solo e pelo risco de novos deslizamentos.
O governador de Java Ocidental, Dedi Mulyadi, divulgou um vídeo no Instagram onde afirmou ter visitado e identificado a vulnerabilidade dos solos na pedreira, situada na região mineira de Gunung Kuda, na aldeia de Cipanas, antes de ser eleito. Mulyadi declarou: “Vi que a mineração de grau C era muito perigosa, não cumpria as normas de segurança para os seus trabalhadores”, acrescentando que, na altura, “não tinha capacidade para a impedir”.
Mulyadi afirmou que, após este incidente, tomou medidas firmes para encerrar esta pedreira e outras minas semelhantes em Java Ocidental, que são consideradas uma ameaça para o ambiente e para a vida humana.
As operações mineiras ilegais ou informais são uma realidade comum na Indonésia, proporcionando um meio de subsistência precário para muitos trabalhadores, que se expõem a um elevado risco de ferimentos graves ou morte.