Destaque Hamas reafirma abertura para negociações com Israel

Hamas reafirma abertura para negociações com Israel

O movimento islamita Hamas afirmou que mantém a sua disposição para negociar com Israel, desmentindo a necessidade de um novo acordo, apesar dos recentes bombardeamentos israelitas que resultaram na morte de mais de 400 pessoas em Gaza.

Taher al-Nunu, porta-voz do Hamas, declarou que “não encerrámos a porta às negociações”. O grupo aceitou as propostas apresentadas pelo enviado dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e pelo representante destinado a mediar a libertação de reféns, Adam Boehler.

Al-Nunu salientou que o movimento está em diálogo com mediadores, incluindo o Qatar, o Egipto e os EUA, para que Israel “pare com a sua agressão”, respeite os acordos vigentes e dê início à segunda fase das negociações de cessar-fogo. Esta fase inclui a retirada das forças israelitas da Faixa de Gaza e a libertação de reféns ainda vivos.

“Não há necessidade de novos acordos, pois o assinado já existe”, reforçou o porta-voz. Ele fez um apelo para que haja “acções urgentes” que parem a ofensiva contra Gaza e permitam a entrada de assistência humanitária, ressaltando que “as condenações verbais não são suficientes”.

Recomendado para si:  Disputa por areia em Nampula resulta na morte de jovem

Al-Nunu também destacou que os Estados Unidos são “cúmplices” dos bombardeamentos recentes em Gaza, alegando que estes foram premeditados. O porta-voz sublinhou ainda que, se o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, estivesse genuinamente interessado em um acordo, este teria sido alcançado rapidamente.

Adicionalmente, al-Nunu advertiu que, caso as forças militares israelitas lancem uma nova incursão terrestre, o Hamas não terá outra escolha senão defender o povo palestiniano. Relatou que mais de 70% das fatalidades dos recentes bombardeamentos consistem em mulheres, crianças e idosos, incluindo um grupo de líderes governamentais relacionados com o Hamas e responsáveis pela assistência humanitária em Gaza.

Por último, Osama Hamdan, um alto responsável do Hamas, confirmou a ocorrência de “contactos” com o Qatar e o Egipto para tentar que Israel cessasse os bombardeamentos, que continuaram nas primeiras horas do dia seguinte.