Aline Pereira Ghammachi, uma freira brasileira de 41 anos, foi destituída do cargo de madre-abadessa do Mosteiro San Giacomo di Veglia, na Itália, no dia da morte do Papa Francisco.
O afastamento, que ocorreu de forma súbita, gerou controvérsia e levantou questões sobre a real motivação por trás da decisão.
Na carta de demissão, Aline foi acusada de maus-tratos e abusos, mas a própria freira refuta essas alegações, afirmando que a sua aparência e origem influenciaram a decisão que levou ao seu afastamento. Desde a sua tenra idade, Aline lidou com desconfianças em relação à sua vocação, e acredita que a sua beleza atraiu críticas e suspeitas de outras religiosas.
As acusações contra Aline começaram há cerca de dois anos, quando quatro religiosas enviaram uma carta anónima ao Papa Francisco, alegando que a madre-abadessa “destratava e manipulava” as suas colegas. Em resposta a esta situação, no dia 28 de Abril, Aline deixou o mosteiro acompanhada por 11 das 22 mulheres que lá residiam, como forma de demonstrar o seu apoio à ex-madre-abadessa.
Em declarações ao jornal Folha de S. Paulo, Aline revelou que tenciona recorrer ao Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, na esperança de que o novo Papa, Leão XIV, intervenha no caso. Até ao momento, o Vaticano ainda não se pronunciou sobre a situação.