Internacional Taxas aduaneiras dos EUA não afectarão significativamente os PALOP

Taxas aduaneiras dos EUA não afectarão significativamente os PALOP

De acordo com um estudo recente realizado pela consultora económica Luso-África, as novas taxas aduaneiras impostas pelos Estados Unidos, que visam uma série de produtos importados, não terão um impacto substancial nas economias dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

As tarifas, que entraram em vigor a 1 de Novembro, incidem principalmente sobre produtos agrícolas e manufacturados de diversos mercados, mas a análise revela que a exposição dos PALOP a estes produtos é limitada. Os países, que incluem Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, exportam uma quantidade reduzida desses bens para o mercado norte-americano.

O relatório destaca que, embora existam algumas indústrias locais que possam sentir pressão devido ao aumento das taxas, o efeito agregado nas economias dos PALOP deve ser mitigado pela diversificação das suas exportações e pela crescente procura em mercados alternativos, como a União Europeia e a China.

Além disso, o estudo sublinha que a maioria das exportações dos PALOP para os EUA está isenta de tarifas, devido a acordos comerciais existentes, o que proporciona uma almofada adicional contra qualquer consequência negativa que as novas taxas possam provocar.

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Especialistas em economia afirmam que, apesar do cenário global de incerteza, principalmente devido a tensões comerciais e alterações nas políticas comerciais internacionais, os PALOP devem continuar a fortalecer as suas relações comerciais com parceiros estratégicos, minimizando assim a dependência do mercado norte-americano.

A consultora Luso-África recomenda que os governos dos PALOP continuem a investir na diversificação das suas economias e a explorar novas oportunidades de mercado, para garantir a sustentabilidade e o crescimento a longo prazo das suas economias.