A junta militar birmanesa anunciou um aumento significativo no balanço das vítimas do sismo que atingiu o país há cinco dias, elevando o número de mortos para 2.886 e o de feridos para 4.639.
As autoridades continuam a realizar buscas intensivas por sobreviventes, após o terramoto de magnitude 7,7 que devastou a região na sexta-feira, dia 28 de Março.
O porta-voz da junta, general Zaw Min Tun, comunicou à agência de notícias EFE que o número de vítimas tinha subido desde o último balanço divulgado na terça-feira, que reportava 2.719 mortos, 4.521 feridos e 441 desaparecidos. Entre os resgates mais recentes, destaca-se o salvamento de um jovem de cerca de 20 anos, retirado dos escombros de um hotel na capital, Naypyidaw, por socorristas birmaneses e turcos.
A junta revelou que aproximadamente 1.500 socorristas de 15 países estão a prestar auxílio no Myanmar, um esforço que abrange equipas da China, Índia, Rússia, Singapura, Tailândia, Vietname, Malásia, Emirados Árabes Unidos, Laos, Bielorrússia, Turquia, Butão, Filipinas, Bangladesh e Indonésia. As equipas internacionais trouxeram consigo medicamentos e outros materiais necessários, embora a ajuda ainda não tenha chegado a todas as áreas atingidas.
As consequências do sismo têm sido devastadoras, com a junta militar a reportar a destruição de mais de 2.600 edifícios, incluindo residências, igrejas, escolas e pagodes. O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) destacou que, em Naypyidaw, mais de 10.000 edifícios foram destruídos ou severamente danificados.
A oposição democrática, que controla partes do país, estimou que cerca de 8,5 milhões de pessoas foram “directamente afectadas” pelo terramoto, numa situação que se agrava devido ao contexto de conflito armado que Myanmar enfrenta, complicando ainda mais os esforços humanitários.