O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que deseja observar “rapidamente” avanços nas negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, um apelo que reflete a crescente impaciência de Washington em relação ao desenrolar do conflito.
O vice-presidente norte-americano, JD Vance, expressou-se de forma optimista sobre a possibilidade de uma resolução para a guerra, que já dura há três anos.
As recentes declarações dos líderes norte-americanos foram acompanhadas de um claro aviso: os EUA poderão abandonar as conversações se não houver progresso significativo nas próximas semanas. O secretário de Estado, Marco Rubio, reiterou a necessidade de um envolvimento mais activo da Europa nas negociações, enfatizando que as prioridades dos Estados Unidos também se expandem além do conflito ucraniano.
“Queremos fazer isso”, afirmou Trump, referindo-se a um potencial acordo de trégua, embora tenha evitado estipular um prazo específico. “Não há um número determinado de dias, mas rapidamente”, sublinhou o presidente. Ele acrescentou que, caso uma das partes envolvidas nas negociações apresente resistência significativa, os EUA poderão simplesmente retirar-se do processo: “Diremos apenas: ‘Vocês são tolos. São pessoas horríveis’ – e vamos apenas deixar passar”, afirmou.
Em Paris, onde lançou o ultimato, Trump dialogou com autoridades europeias, que se mostraram “muito prestáveis e construtivas”. Rubio expressou a sua esperança de que potências como o Reino Unido, a França e a Alemanha possam ajudar a avançar nas conversações, apontando que é crucial descobrir rapidamente se um acordo é viável a curto prazo: “Se não for, então acho que vamos seguir em frente”, disse ele.
Entretanto, JD Vance, que se encontrava em Roma para discutir taxas alfandegárias com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou que também iria atualizá-la sobre as últimas informações das negociações com Bruxelas. “Não vou prejulgá-los, mas estamos optimistas de que podemos, com sorte, pôr fim a esta guerra tão brutal”, concluiu Vance.