O Presidente do Conselho Municipal de Maputo, Rasaque Manhique, exigiu maior celeridade na construção do aterro sanitário de KaTembe, localizado no bairro de Incassane.
A pressão surge em resposta à preocupante situação da lixeira de Hulene, cuja deterioração e a presença de elementos químicos nocivos têm comprometido a saúde da população e a qualidade do meio-ambiente.
A lixeira de Hulene, que tem sido palco de vários acidentes, incluindo um trágico desabamento em 2018 que resultou em mortes e o deslocamento de famílias, é um exemplo da urgência da situação. A presença de substâncias tóxicas como chumbo, cobre, manganês e cobalto representa uma séria ameaça aos residentes da área.
“Estamos cientes da grave situação da lixeira de Hulene e do sofrimento que ali se vive. É uma questão de tempo para que essa realidade mude. Abraçamos com coragem a construção do aterro sanitário em KaTembe e estamos aqui para apoiar todos os colegas que se dedicam, dia e noite, a tornar esta obra uma realidade”, afirmou Manhique durante a sua visita às obras do aterro sanitário de Incassane.
O edil sublinhou a necessidade de reduzir o prazo de 12 meses inicialmente estipulado para a construção do aterro, propondo que os prazos administrativos sejam revistos e encurtados para acelerar o processo. “Se um concurso público leva um determinado número de meses, é necessário que esse tempo seja reduzido, levando em conta as burocracias que podemos encontrar. Precisamos evidenciar a nossa determinação em concretizar este projecto”, explicou.
Por sua vez, o assessor do Projecto de Transformação Urbana de Maputo (PTUM), Hafido Abacassamo, revelou que a construção do aterro está orçada em cerca de 30 milhões de dólares e abrangerá uma área de 60 hectares. “Neste momento, estamos a conduzir o processo de compensações e planeamos lançar o concurso internacional para a obra em meados de Junho, dada a sua complexidade”, acrescentou Abacassamo.
