A tensão comercial entre os Estados Unidos e a China intensificou-se com a recente decisão de Pequim de aumentar as tarifas aduaneiras sobre produtos norte-americanos, passando de 84% para 125%.
Esta medida é uma resposta directa à imposição de tarifas de 145% anunciada pela administração de Donald Trump, que afectou substancialmente os produtos importados da China.
O Ministério das Finanças chinês justificou a ação afirmando que “a imposição de tarifas anormalmente altas pelos EUA à China viola seriamente as regras do comércio internacional, as leis económicas básicas e o bom senso, além de ser uma forma de intimidação e coerção unilateral”.
Segundo informações veiculadas pela imprensa oficial chinesa, a diversificação das exportações do país nos últimos anos tornou-o menos vulnerável à guerra comercial desencadeada por Trump.
Neste contexto, a União Europeia também se posiciona, sinalizando a sua intenção de explorar novos mercados e de se defender contra possíveis impactos das tarifas norte-americanas. O comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis, advertiu que a UE está disposta a colaborar com os EUA em busca de “soluções mutuamente aceitáveis”, assegurando, porém, que não hesitará em proteger a sua economia e as suas empresas, caso não se alcance um entendimento.
De acordo com a Comissão Europeia, as tarifas impostas por Trump poderão ter um impacto de 0,6% no PIB da União Europeia até 2027. Contudo, o mesmo estudo ressalta que o efeito nos Estados Unidos poderá ser cinco vezes maior, evidenciando as repercussões significativas que esta guerra comercial poderá ter em ambas as economias.