A TotalEnergies anunciou a suspensão de todos os seus subcontractos com empresas operacionais na península de Afungi, na província de Cabo Delgado, resultando na paralisação das actividades e na rescisão de contractos de milhares de trabalhadores.
A decisão foi comunicada às empresas subcontratadas, incluindo a CCS Joint Venture, composta por Chiyoda, McDermont e Saipem, que já recebeu instruções para implementar as medidas de cessação.
Entre as outras empresas que continuavam a operar em Afungi, mesmo após a suspensão do projecto da TotalEnergies, destacam-se a portuguesa Gabril Couto, a sul-africana WBHO, a italiana Renco e a mauritana International Facility Services (IFS), conforme reportado por várias fontes de informação.
A notícia da suspensão surpreendeu as autoridades moçambicanas, especialmente após uma entrevista realizada a 5 de Fevereiro, na qual o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, manifestou optimismo quanto à retoma do projecto. Na ocasião, Pouyanné expressou satisfação com as melhorias na segurança da região, atribuídas à presença de forças ruandesas.
Este revés ocorre após a empresa ter invocado a Força Maior em Abril de 2021, em resposta a um ataque terrorista às suas instalações. Desde então, a expectativa de retoma do projecto esteve atrelada a questões de segurança, mas também a preocupações ambientais que levaram alguns investidores a recuar. A TotalEnergies, até ao momento, não atingiu o orçamento necessário para dar início à exploração de gás natural liquefeito.