Na capital do estado de Kebbi, o responsável regional pela área da saúde, Musa Ismaila, revelou, numa conferência de imprensa, que foram identificados 248 casos suspeitos de meningite.
O surto, que já dura sete semanas, apresenta um número invulgarmente elevado de infecções, com sintomas que incluem febre, intensas dores de cabeça, rigidez no pescoço, dores abdominais, vómitos, diarreia e sensibilidade à luz.
Ismaila informou que, até à data, foram registadas 26 mortes relacionadas com a doença, distribuídas da seguinte forma: 15 em Gwandu, seis em Jega, quatro em Aliero e uma em Argungu. Diante da gravidade da situação, o governo regional está a colaborar com a Organização Mundial da Saúde (OMS), Médicos Sem Fronteiras (MSF) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para mitigar os efeitos do surto.
Para apoiar os esforços de resposta à crise, o governo da Nigéria disponibilizou 30 milhões de nairas, o equivalente a cerca de 18.000 euros, que serão utilizados na aquisição de medicamentos e materiais de assistência. De acordo com Ismaila, foram já distribuídos medicamentos e material médico às áreas afectadas, além da criação de centros de isolamento em Gwandu, Jega e Aliero.
O responsável pela saúde exortou a população a seguir as orientações sanitárias e a reportar casos suspeitos ao centro de saúde mais próximo, para permitir uma resposta rápida e eficaz.
Importa lembrar que, no ano passado, a Nigéria se destacou ao se tornar o primeiro país do mundo a administrar a nova vacina contra a meningite, a Men5CV, conforme anunciado pela OMS em Abril de 2024. Este país está inserido na lista dos 26 países com meningite hiper-endémica em África, uma região designada como “Cintura Africana da Meningite”, segundo a mesma organização.