Destaque Deputados sul-coreanos em greve de fome exigem prisão de Yoon Suk Yeol

Deputados sul-coreanos em greve de fome exigem prisão de Yoon Suk Yeol

Uma tumultuosa sessão parlamentar teve lugar esta semana, onde a maioria dos deputados – provenientes do Partido Democrata, do Partido da Reconstrução da Coreia e do Partido Progressista – exortaram o tribunal a destituir Yoon Suk-yeol do cargo de Presidente, após a sua libertação da prisão no passado fim-de-semana.

Numa declaração conjunta, os parlamentares afirmaram que “Yoon Suk-yeol deve ser devolvido à prisão”, acusando-o de ser o “líder de uma tentativa de rebelião”. As chamadas foram relatadas pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, que destacou a gravidade da situação.

Como forma de protesto, os deputados Jeon Jin Sook, Park Hong Bae e Kim Moon Soo raparam a cabeça à porta do parlamento, exigindo, além da destituição do presidente, a demissão do procurador-geral Shim Woo Jung e a dissolução do Partido do Poder Popular (PPP), que, segundo eles, está a obstruir o processo de afastamento do chefe de Estado.

Enquanto isso, membros do Partido da Reconstrução da Coreia montaram tendas em frente ao Palácio Gyeongbokgung, um dos principais marcos da capital, preparando-se para futuras manifestações contra o governo.

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A tensão política intensificou-se após milhares de cidadãos terem saído às ruas de Seul, a favor ou contra o Presidente suspenso, que se encontra também sob investigação por abuso de poder e insurreição. O PPP, partido que apoia Yoon, argumenta que o Tribunal Constitucional deve anular o processo de destituição, sublinhando que “se expulsar o presidente do cargo e ele for posteriormente ilibado das acusações de insurreição, haverá consequências”.

Yoon Suk-yeol foi detido em Janeiro, sob a acusação de insurreição, na sequência de um decreto que declarou lei marcial em Dezembro, embora este tenha durado apenas algumas horas. Apesar de ter sido afastado pela Assembleia Nacional, Yoon permanece em funções enquanto o Tribunal Constitucional examina a legalidade da decisão.

Após quase dois meses encarcerado, o presidente foi libertado no sábado, quando um tribunal de Seul concluiu que a sua detenção excedeu o período legal e que a acusação foi apresentada fora do prazo. Vale a pena notar que a insurreição é a única acusação contra a qual um presidente sul-coreano não desfruta de imunidade.