O sequestro do comboio Jaffar Express, ocorrido na terça-feira (11), na província de Baluchistão, culminou numa tragédia com pelo menos 60 mortos, incluindo militantes do Exército de Libertação Baloch (BLA) e reféns.
A informação foi confirmada pelo governo paquistanês, mais de 30 horas após o ataque.
De acordo com autoridades locais, os 33 membros do BLA envolvidos na ação foram neutralizados pelas forças de segurança. Infelizmente, a operação resultou também na morte de 27 reféns, enquanto 346 pessoas conseguiram ser resgatadas. O número de vítimas continua a ser actualizado por porta-vozes governamentais.
O ataque ocorreu numa região remota do sudeste do Paquistão, conhecida pela presença do BLA, um grupo separatista que luta pela independência do Baluchistão e tem um histórico de acções violentas em todo o país. Este grupo é considerado uma organização terrorista pelas autoridades paquistanesas.
Após o ataque, o BLA reivindicou a autoria do sequestro e exigiu que o governo paquistanês iniciasse negociações para a troca de reféns por prisioneiros políticos e activistas associados à comunidade balúchi. Contudo, até ao momento, o governo de Islamabad não cedeu às exigências do grupo.