A Procuradoria-Geral da República (PGR) do Brasil lançou sérias acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que ele tinha conhecimento e concordou com um plano para assassinar o seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro Alexandre de Moraes.
A revelação ocorreu na terça-feira, no âmbito de uma investigação sobre tentativas de golpe de Estado e organização criminosa.
Segundo a PGR, Bolsonaro e membros de uma organização criminosa estruturaram um plano denominado “Punhal Verde Amarelo”, que visava atacar instituições democráticas e desestabilizar o funcionamento dos Poderes. A acusação destaca que o referido plano foi apresentado ao gabinete presidencial, onde Bolsonaro teria manifestado apoio, coincidindo com a divulgação de um relatório do Ministério da Defesa que afirmava a inexistência de fraudes nas eleições.
“A organização criminosa planeou um ataque meticuloso, com o objectivo de neutralizar o Supremo Tribunal Federal (STF) e, em última instância, levar a cabo um golpe que incluiria o assassinato do presidente e vice-presidente da República, além de um ministro do STF”, afirmou a PGR. Este plano, segundo as investigações, revelou uma operação de execução de um golpe de Estado, evidenciando a gravidade da situação.
Nesta mesma data, Bolsonaro foi formalmente acusado de crimes relacionados a golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Juntamente com Bolsonaro, também foram indiciados o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro Braga Netto.