A comunidade de Nhapfumwini, no distrito de Chongoene, manifestou-se contra a mineradora Di-Sheng, responsável pela exploração das areias pesadas de Chibuto.
A insatisfação popular resultou na paragem das obras de construção da Doca, um empreendimento crucial para a exportação do minério que se destina a vários países a partir das águas marítimas da região.
As obras, que se encontravam na fase final de execução, estão inactivas há duas semanas. O descontentamento da população advém da falta de compromisso da empresa em relação à construção de infraestruturas sociais, previamente acordadas. Os moradores exigem a implementação de uma unidade sanitária, vias de acesso, fornecimento de energia eléctrica, água potável e oportunidades de emprego para os jovens locais. Até à data, apenas a construção de uma estrada de acesso à praia de Chongoene foi realizada.
Artur Macamo, Administrador do Distrito de Chongoene, reconheceu a legitimidade das preocupações da população, que condiciona a retoma das obras ao cumprimento de 50% dos compromissos assumidos pela Di-Sheng. Macamo assegurou que o governo está a interceder no diálogo entre a comunidade e a mineradora, tendo já sido alcançado um novo entendimento que visa a rápida retoma dos trabalhos.
O administrador apelou à paciência dos habitantes, enfatizando a importância da Doca para o desenvolvimento não apenas da região, mas também da província e do país todo. Esta é a segunda interrupção das obras de construção da Doca, que, segundo os novos prazos, deveriam iniciar a exportação das areias pesadas a partir do próximo mês de Fevereiro.