O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma série de críticas ao juiz Juan Merchan, que preside o processo conhecido como “caso Stormy Daniels”, após o magistrado decidir na última segunda-feira, que não irá acatar o pedido de anulação das 34 condenações solicitadas pela defesa de Trump.
Na sua publicação na rede social Truth Social, Trump não hesitou em desferir ataques a Merchan, a quem chamou de “profundamente conflituoso, corrupto, tendencioso e incompetente”. O presidente eleito afirmou que a decisão do juiz foi “completamente ilegal e psicótica”, acusando-o de desrespeitar a Suprema Corte dos Estados Unidos e a sua histórica decisão sobre imunidade.
Trump também expressou sua indignação ao afirmar que é “o único oponente político na história americana que não tem permissão para se defender”, considerando isso uma “desprezível violação da Primeira Emenda”. Ele insinuou que Merchan estaria a liderar uma “Caça às Bruxas” promovida pelo promotor de Manhattan.
A defesa de Trump argumenta que as condenações deveriam ser anuladas com base numa decisão recente da Suprema Corte, que garante imunidade a presidentes em relação a actos oficiais. No entanto, o juiz Merchan sustentou que tal decisão não se aplica ao caso que envolve a actriz pornô Stormy Daniels.
Trump continuou a sua crítica, afirmando que Merchan é “muito pior e ainda mais corrupto do que Smith”, referindo-se ao conselheiro especial do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
O presidente eleito questionou se os conflitos e relações do juiz são a razão pela qual ele continua a violar a lei, clamando por um fim ao que chamou de “Lawfare”, com a esperança de que a nação possa unir-se e “tornar a América grande novamente”.