Internacional Ciclone Chido devasta Mayotte e causa centenas de mortes

Ciclone Chido devasta Mayotte e causa centenas de mortes

O ciclone Chido, que atingiu a ilha de Mayotte no passado sábado, já causou centenas, possivelmente milhares de mortes, segundo as autoridades locais. Este ciclone é considerado o mais violento que o território francês no Oceano Índico já enfrentou em quase um século.

Inicialmente, as autoridades relataram pelo menos 11 mortes, mas a situação parece ter evoluído de forma alarmante, com prejuízos significativos, incluindo a destruição de edifícios essenciais, como o hospital local e diversas habitações precárias. A contagem das vítimas, segundo o Ministério do Interior francês, apresenta-se como um desafio, e até ao momento, não é possível confirmar um número definitivo.

Em uma declaração solene, o presidente francês Emmanuel Macron expressou a sua solidariedade com os habitantes de Mayotte, afirmando: “Quero expressar meus sentimentos aos nossos compatriotas em Mayotte que enfrentaram, nas últimas horas, algo terrível, e que, para alguns, perderam tudo, inclusive a vida.” A situação foi discutida durante uma breve conversa entre Macron e o Papa Francisco na Córsega.

As autoridades locais já haviam avisado que a avaliação completa dos danos humanos e materiais poderia demorar vários dias. Preocupações emergentes relacionadas ao acesso a alimentos, água potável e alojamento emergencial estão a aumentar a tensão na ilha.

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Em resposta à crise, a administração da ilha de Reunião anunciou a implementação de uma ponte marítima e aérea para ajudar Mayotte.

Esta operação, que liga as duas ilhas a cerca de 1.400 km de distância, inclui o envio de um primeiro navio da Marinha Nacional francesa com 80 toneladas de materiais, que abrange medicamentos, alimentos e equipamentos essenciais para restaurar os serviços de água e electricidade.

O ministro do Interior da França, Bruno Retailleau, manifestou a sua preocupação com o elevado número de vítimas e está programado para visitar a ilha em breve. Para coordenar as acções de resposta à crise, foi agendada uma reunião de emergência que ocorrerá duas vezes ao dia.