Destaque Chuvas torrenciais no Uganda provocam 28 mortes em deslizamento de terras

Chuvas torrenciais no Uganda provocam 28 mortes em deslizamento de terras

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O Uganda enfrenta uma tragédia em decorrência de um deslizamento de terras, provocado por chuvas torrenciais que atingiram o distrito de Bulambuli.

O número de mortos subiu de 20 para 28, conforme anunciado pelas autoridades policiais locais.

“Até à data, 28 corpos foram recuperados. As operações de busca continuam, com equipas compostas por forças de segurança, membros da comunidade local, funcionários do gabinete do primeiro-ministro e da Cruz Vermelha a trabalharem incansavelmente para localizar mais vítimas”, comunicou a polícia através da rede social X, conforme reportado por diversos meios de comunicação.

Entre as últimas vítimas encontradas, destacam-se quatro crianças: uma de um ano e meio, duas de três anos e uma de cinco. As forças de segurança expressaram a sua solidariedade, afirmando: “Os nossos pensamentos estão com as famílias e os entes queridos das vítimas”.

A Cruz Vermelha do Uganda informou que, até sábado, aproximadamente 750 pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas devido a deslizamentos de terras, resultando em pelo menos 22 feridos, transportados para unidades hospitalares.

O deslizamento afectou várias aldeias, incluindo Masugu, Namachele, Natola, Nmagugu e Tagalu, situadas nas proximidades da fronteira com o Quénia. A polícia confirmou que as últimas vítimas encontradas eram residentes da aldeia de Masugu.

Imagens divulgadas pela Cruz Vermelha e pelas autoridades ugandesas nas redes sociais retractam a devastação da região, mostrando uma torrente de água que engoliu um veículo, bem como equipas de salvamento a trabalhar arduamente no local, onde árvores foram arrancadas, casas destruídas e grandes quantidades de lama dificultam o acesso.

A catástrofe no Uganda não é um caso isolado. Do outro lado da fronteira, os condados quenianos de Kisumu e Busia também sofreram com inundações severas na semana passada, resultando na morte de pelo menos 12 pessoas e na evacuação de 3.970 famílias, conforme confirmado pelo governo queniano.

A região da África Oriental tem sido severamente afectada por chuvas intensas desde o início de 2024, especialmente durante a estação chuvosa prolongada, que normalmente ocorre entre Março e Maio. Este ano, a situação foi agravada pelo fenómeno El Niño, uma alteração nas dinâmicas atmosféricas associada ao aumento das temperaturas do Oceano Pacífico.

Em Maio, a Organização das Nações Unidas (ONU) relatou que, pelo menos, 473 pessoas perderam a vida, 410.350 estavam deslocadas e 1,6 milhões foram afectadas pelas chuvas torrenciais e inundações que impactaram não apenas o Quénia e o Uganda, mas também outros países da África Oriental, como Tanzânia, Somália, Etiópia e Burundi.