Gregg Wallace, conhecido apresentador do popular programa culinário da BBC, “MasterChef”, encontra-se no centro de uma série de alegações graves de assédio sexual, apresentadas por diversas mulheres.
As acusações, que remontam a mais de 17 anos, incluem comentários considerados “inapropriados” e piadas com conotações sexuais, envolvendo pelo menos 13 indivíduos entre 2005 e 2022.
A ex-participante Jackie Kearney revelou à SkyNews que Wallace fazia insinuações “constantemente” durante as filmagens do programa e recorda um momento específico em que um comentário de natureza sexual a deixou em lágrimas.
A apresentadora Kirsty Wark também corroborou as alegações, afirmando que testemunhou Wallace a utilizar linguagem sexualizada durante a sua participação no “Celebrity MasterChef” em 2011, o que causou desconforto aos presentes.
Além disso, o cantor Rod Stewart denunciou que o apresentador “humilhou” a sua mulher, Penny Lancaster, durante a sua participação no programa, embora tenha sido informado que essa parte da gravação foi editada. A actriz Emma Kennedy, por sua vez, afirmou ter presenciado Wallace a tocar no rabo de uma assistente, reforçando o conjunto de alegações de má conduta.
Em resposta às acusações, Gregg Wallace, de 60 anos, minimizou as alegações, referindo-se às mulheres como “de classe média de uma certa idade”.
No entanto, posteriormente pediu desculpa pelas suas declarações, atribuindo a sua postura a “muito stress, emoção e solidão”. Os advogados do apresentador negaram veementemente as acusações de assédio sexual.
A produtora do programa, Banijay UK, está a investigar as alegações e anunciou que, enquanto o inquérito estiver em curso, Wallace não apresentará novos programas. Contudo, assegurou que a temporada já gravada de “MasterChef: The Professionals” continuará a ser exibida.
A ministra britânica da Cultura já se manifestou sobre a situação, considerando os comentários de Wallace como “inapropriados e misóginos”.
Por sua vez, a instituição Ambitious About Autism decidiu retirar Gregg Wallace do seu cargo de embaixador, classificando o seu comportamento como “altamente inapropriado”.