Na sequência de recentes protestos em Moçambique, o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, justificou as restrições à internet no país, alegando que estas visam prevenir a utilização dos meios de comunicação para “a destruição do país”.
Magala fez estas declarações durante uma visita à fronteira de Ressano Garcia, onde se inteirou dos danos provocados pelos tumultos que levaram ao encerramento daquele ponto de passagem. O ministro apelou à população moçambicana para que actue com civismo e proteja as infraestruturas de transportes e comunicação, de modo a evitar mais interrupções e perturbações na normalidade dos serviços.
A tensão social permanece elevada, com vozes dissonantes a emergirem no cenário político. O líder da oposição, Mondlane, declarou que “vamos ocupar a cidade de Maputo até se devolver a vontade do povo”, sublinhando o clima de insatisfação que se vive actualmente no país.
“Quando somos confrontados com violações que ameaçam a integridade de todos os moçambicanos, é imperativo que tomemos medidas. A restrição dos meios de comunicação é uma acção necessária para salvaguardar a segurança nacional”, afirmou Magala, reforçando a posição do governo face aos recentes acontecimentos.
