O pastor Apollo Quiboloy, conhecido por se autodenominar “Filho de Deus”, foi preso nas Filipinas após uma intensa caçada de 16 dias. Ele estava em fuga não só nas Filipinas, mas também nos Estados Unidos, onde enfrentava uma série de acusações graves.
Apollo Quiboloy, fundador da Igreja Reino de Jesus Cristo nas Filipinas, ganhou notoriedade por afirmar ser o “Filho de Deus”. No entanto, desde 2021, ele se tornou alvo de investigações por parte das autoridades americanas, que o acusam de tráfico de mulheres e meninas com idades tão jovens quanto 12 anos, bem como abuso infantil e sexual.
A perseguição a Quiboloy começou há 16 dias, quando mandados de prisão emitidos pelos tribunais filipinos levaram mais de 3 mil policiais a procurá-lo. O Senado das Filipinas também ordenou a sua detenção devido à sua ausência em audiências convocadas. As autoridades filipinas relataram que o pastor se escondia em um complexo de edifícios conectados por túneis e salas subterrâneas. A busca envolveu escavações, onde os policiais descobriram um túnel que levava directamente ao aeroporto.
Segundo a lista de procurados do FBI, Quiboloy recrutava suas vítimas sob o pretexto de trabalho como assistentes, mas depois forçava-as a manter relações sexuais com ele. O pastor de 74 anos nega todas as acusações.
Além de liderar uma igreja com milhões de seguidores, Quiboloy frequentemente exibia sua proximidade com figuras poderosas, como o ex-presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte.
O actual presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., confirmou que ainda não havia um pedido oficial de extradição dos EUA para Quiboloy. No entanto, ele afirmou que os supostos crimes serão tratados primeiramente nas Filipinas. Há rumores de que o pastor se entregou com a garantia de que não seria extraditado para os EUA.