Jesse Kipf, um homem de 39 anos do Kentucky, Estados Unidos, foi condenado a mais de seis anos de prisão por enganar os sistemas governamentais e empresariais para fingir a sua própria morte, numa tentativa de evitar o pagamento de mais de 100 mil dólares (89.000 euros) em pensão de alimentos em atraso.
No passado mês de Janeiro, Kipf acessou o sistema de registo de óbitos do Havai utilizando as informações de um médico residente em outro estado e criou um falso registo de óbito para si próprio.
Segundo os procuradores, Kipf preencheu um Certificado de Óbito do Havai, designou-se a si próprio como certificador médico e usou a assinatura digital do médico para certificar o registo da sua própria morte. Esta manobra resultou na sua inclusão como pessoa falecida em várias bases de dados governamentais.
O tribunal revelou que Kipf admitiu ter forjado a sua morte principalmente para evitar as suas obrigações de pensão de alimentos, que somavam mais de 116.000 dólares (104.014 euros). Contudo, a fraude não se limitou a esta tentativa de evasão.
Kipf também se infiltrou em outros sistemas estaduais de registo de óbitos, redes de empresas privadas e redes governamentais e empresariais, utilizando credenciais roubadas a indivíduos reais. Posteriormente, tentou vender o acesso a essas redes na dark web.
Além disso, as autoridades encontraram em seus dispositivos electrónicos bases de dados com informações pessoais identificáveis, como números de segurança social e registos médicos, que Kipf vendia a compradores internacionais, incluindo indivíduos da Argélia, Rússia e Ucrânia.
A sentença prevê que Kipf cumpra 85% da sua pena de prisão. Após a sua libertação, ficará sob a supervisão do Gabinete de Liberdade Condicional dos EUA durante três anos.

















