O governo do Bangladesh confirmou que pelo menos 147 pessoas morreram durante os protestos que têm assolado o país nas últimas semanas, em resposta à introdução de quotas no serviço público.
A informação foi divulgada pelo Ministro da Administração Interna, Asaduzzaman Jan, e coincide com relatórios de diversos meios de comunicação locais, segundo a agência EFE.
Entre as vítimas estão manifestantes, agentes da polícia e até membros da Liga Awami, o partido do governo. O ministro salientou que este balanço é provisório, e o número de mortos pode aumentar nas próximas horas à medida que mais informações se tornam disponíveis.
Os protestos tiveram início em Junho, após a reintrodução de um regime de quotas que reserva mais de metade dos empregos na função pública para determinados grupos, incluindo quase um terço para descendentes de veteranos da Guerra da Independência do Bangladesh. Com cerca de 18 milhões de jovens desempregados no país, segundo dados oficiais, esta política gerou uma forte oposição entre os licenciados que enfrentam uma crise severa de emprego.
Os manifestantes alegam que as quotas favorecem pessoas ligadas à Liga Awami, partido da primeira-ministra, restringindo ainda mais as oportunidades de emprego justo e equitativo. Embora o Supremo Tribunal do Bangladesh tenha reduzido o número de lugares reservados no domingo passado, os manifestantes continuam a exigir a abolição total do sistema de quotas.
