Internacional Apoio de Gabriel Boric às declarações de Lula contra ameaças de Maduro

Apoio de Gabriel Boric às declarações de Lula contra ameaças de Maduro

O Presidente do Chile, Gabriel Boric, manifestou hoje seu apoio às declarações do presidente brasileiro, Lula da Silva, ao considerar inconcebíveis as ameaças feitas pelo líder venezuelano, Nicolás Maduro, que busca a reeleição. Maduro insinuou a possibilidade de “banhos de sangue” caso perca as eleições do próximo domingo.

“Concordo e apoio as declarações de Lula: em hipótese alguma se pode ameaçar com banhos de sangue. O que os líderes e os candidatos recebem são banhos de votos e esses banhos de votos representam a soberania popular, que deve ser respeitada”, afirmou Gabriel Boric durante um encontro com correspondentes estrangeiros.

O líder chileno destacou a importância de um processo eleitoral transparente e seguro na Venezuela, apelando para que as autoridades venezuelanas garantam “o desenvolvimento normal do processo eleitoral com garantias, especialmente para a oposição, garantindo o respeito irrestrito pelos resultados devidamente acreditados”.

Na semana passada, Nicolás Maduro intensificou seu discurso político, afirmando que o país poderá enfrentar um banho de sangue caso ele não seja reeleito nas presidenciais de domingo. Na terça-feira, Maduro tentou contextualizar suas declarações, afirmando que foram uma “reflexão”.

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“Não disse mentiras, apenas fiz uma reflexão, quem se assustou que tome um chá de camomila porque o povo da Venezuela está curado do seu medo e sabe o que estou a dizer, e na Venezuela triunfará a paz”, declarou Maduro, em resposta às críticas, sem mencionar directamente o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula da Silva havia expressado sua preocupação com as declarações de Maduro, que, segundo a oposição, visavam provocar a abstenção entre os eleitores que defendem sua destituição do poder. Maduro está concorrendo para um terceiro mandato presidencial de seis anos.

Mais de 21,6 milhões de venezuelanos estão convocados a votar nas eleições presidenciais de domingo, que contam com dez candidatos. O principal adversário de Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), é Edmundo González Urrutia, da Mesa de Unidade Democrática (MUD). Durante a campanha, que termina hoje oficialmente, cerca de uma centena de opositores foram presos, conforme relatam organizações de direitos humanos.