A Escola Secundária Joaquim Chissano está no centro de uma controvérsia devido à imposição de medidas disciplinares que obrigam as alunas a cortarem as mechas compridas e os rapazes a cortarem o cabelo. Um vídeo amador mostra funcionárias da escola cortando as mechas das alunas com tesoura, enquanto os rapazes têm seus cabelos raspados.
A medida, aplicada na entrada da escola ou mesmo nas salas de aula, tem gerado protestos entre os alunos e alguns encarregados de educação. Alguns estudantes tiveram que abandonar as aulas com receio das tesouras, temendo a imposição da regra.
“Avisaram-nos hoje e já estavam a cortar”, lamentou um dos alunos afectados, destacando que o regulamento interno não menciona explicitamente a obrigatoriedade de cortar as mechas compridas ou cabelo.
A situação é ainda mais polémica devido ao fato de que não todos os alunos são afectados pela medida. Alguns conseguem entrar na escola mediante o pagamento de 5 a 10 meticais ao guarda, levantando questões sobre equidade e aplicação das normas.
A nossa equipa de reportagem tentou obter um esclarecimento da direcção da escola, porém, o acesso ao recinto escolar foi impedido por um grupo militar presente no local.
Esta situação levanta debates sobre os limites das medidas disciplinares nas escolas e como são comunicadas e aplicadas aos alunos.