Quatro pessoas, com idades entre os 30 e os 50 anos, foram detidas pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) por suspeita de estarem envolvidas num esquema de tráfico de droga no distrito de Nacala.
Estes indivíduos são suspeitos de estarem ligados ao caso de mais de setenta quilogramas de droga que foram apreendidos em Novembro do ano passado, no distrito de Nacala-a-Velha.
Três dos detidos são pescadores e vendedores de peixe estabelecidos no distrito de Nacala. Alegadamente, aceitaram participar numa operação de descarregamento de droga, convidados por um guarda de uma estância turística onde a droga seria transbordada de navios que a traziam do alto-mar para o continente. Esta operação incluía a manipulação de cocaína dissimulada em tigelas.
Os suspeitos admitiram a sua participação no crime, motivados pelo ganho fácil. Afirmaram que recebiam entre cinco mil e trinta e cinco mil meticais por cada participação no descarregamento da droga. No entanto, afirmaram desconhecer o tipo de droga que manipulavam, bem como a origem das pessoas que a transportavam.
Após a detenção dos suspeitos, o SERNIC apreendeu uma viatura utilizada no transporte da droga, setenta e quatro mil meticais, oito telemóveis, entre outros bens encontrados em posse dos detidos.
Enina Tsinine, porta-voz do SERNIC, explicou que estes indivíduos são suspeitos de colaborarem com aqueles que transportam drogas do alto-mar para o continente, nos distritos de Nacala-a-Velha e Nacala.
Tsinine salientou que a mais recente operação de transbordo de droga ocorreu em 17 de Maio passado. As autoridades policiais estão preocupadas com o envolvimento das mulheres na costa da província neste tráfico de drogas.
“Existe uma vulnerabilidade nas comunidades. É preocupante que até mesmo mulheres que deveriam estar a cuidar das suas famílias se envolvam no tráfico de drogas em troca de dinheiro fácil. A droga apreendida no mês passado, por exemplo, estava enterrada numa residência no distrito de Nacala, revelando uma vulnerabilidade em que até as pessoas emprestam as suas casas para esconder drogas”, disse a porta-voz do SERNIC.