Destaque AT apreende mais de 2.200 caixas de cigarros em operação anticontrabando

AT apreende mais de 2.200 caixas de cigarros em operação anticontrabando

A Autoridade Tributária de Moçambique (AT) apreendeu mais de 2.200 caixas de cigarros que eram contrabandeadas, numa operação que evitou um prejuízo estimado de cerca de 14 milhões de meticais (aproximadamente 219.884 dólares) para o Estado moçambicano.

Fernando Tinga, porta-voz da AT, explicou que “se a mercadoria tivesse entrado de forma regular no país, o Estado teria arrecadado, no mínimo, sete milhões de meticais por camião”. Os dois camiões foram interceptados perto da fronteira de Ressano Garcia, enquanto se dirigiam para a cidade de Maputo, presumivelmente provenientes do Zimbabwe.

“Os cigarros são da marca Real e estavam acondicionados em camiões atrelados, tradicionalmente utilizados para o transporte de ferro-crómio da África do Sul para o Porto de Maputo”, esclareceu Tinga durante uma conferência de imprensa em Maputo.

Cada camião continha cerca de 1.200 volumes de cigarros. Tinga informou que será realizada uma contagem detalhada da quantidade de cigarros apreendidos e uma pré-avaliação dos impostos que seriam devidos.

Esta operação é parte de um esforço nacional para combater o contrabando e outras formas de crime aduaneiro e fiscal. Tinga destacou o engenho dos contrabandistas na camuflagem das mercadorias, reconhecendo a necessidade de reforçar os mecanismos de controlo e vigilância da AT.

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Os motoristas dos camiões aproveitaram-se da confiança depositada pela AT nos operadores de transporte de ferro-crómio, que normalmente beneficiam de uma fiscalização menos rigorosa devido à velocidade com que operam. Tinga admitiu que as empresas proprietárias dos camiões podem não estar cientes do uso ilícito dos seus veículos.

Esta foi a segunda apreensão de contrabando de cigarros em aproximadamente um mês, sugerindo um padrão no uso de camiões de transporte de ferro-crómio para o contrabando. Tinga sublinhou a importância de redefinir os perfis de risco e melhorar a formação dos funcionários para enfrentar este tipo de crime.

O papel do cidadão na denúncia de actividades suspeitas foi também enfatizado. “Foi através de uma denúncia que conseguimos localizar os camiões, que pareciam abandonados. Após as devidas averiguações, verificou-se que transportavam mercadoria ilícita”, concluiu Tinga.