Destaque Polícia moçambicana detém três indivíduos com oito pontas de marfim

Polícia moçambicana detém três indivíduos com oito pontas de marfim

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A polícia moçambicana deteve três indivíduos na posse de oito pontas de marfim, quando se preparavam para vender o material na província de Tete, centro de Moçambique.

A detenção foi confirmada esta sexta-feira à Lusa por uma fonte do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC).

Os suspeitos foram apanhados em flagrante no distrito de Cahora Bassa, em Tete. As pontas de marfim provinham de elefantes do Parque Nacional de Mágoe, localizado na mesma província, conforme explicou Celina Roque, porta-voz do SERNIC em Tete.

“As oito pontas de marfim pesam aproximadamente 50 quilogramas e eles pretendiam vender cada quilograma por cinco mil meticais [72,4 euros]. Portanto, esperavam obter cerca de 250 mil meticais [3.624 euros] com esta venda”, detalhou a porta-voz.

O SERNIC revelou ainda que está a colaborar com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) para intensificar a luta contra a caça furtiva, o abate ilegal de animais e a venda de recursos faunísticos.

“Estamos a reforçar a fiscalização especificamente no Parque de Mágoe e nos arredores, tanto que estes suspeitos foram detidos no distrito de Cahora Bassa e não em Mágoe”, acrescentou Celina Roque.

Criado em 2013, o Parque Nacional de Mágoe cobre uma área de cerca de 355 mil hectares e é composto por uma floresta semi-fechada, predominada por vegetação seca e diversas espécies de fauna bravia, incluindo búfalos, elefantes e crocodilos.

A caça furtiva continua a ser uma séria ameaça à vida selvagem em Moçambique, mas as autoridades estimam que o abate de elefantes tem diminuído nos últimos anos, graças aos esforços de fiscalização e conservação.

De acordo com dados da ANAC, Moçambique tem cerca de dez mil elefantes, reflectindo um progresso na protecção desta espécie ameaçada.