Curiosas Três mulheres diagnosticadas com HIV após tratamentos cosméticos

Três mulheres diagnosticadas com HIV após tratamentos cosméticos

Três mulheres nos Estados Unidos da América foram diagnosticadas com HIV após receberem tratamentos estéticos num local não licenciado para tal.

As autoridades de saúde acreditam que estes sejam os primeiros casos documentados de transmissão do vírus através de procedimentos cosméticos com agulhas.

Segundo um relatório do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças divulgado recentemente, o spa onde os tratamentos foram realizados reutilizava equipamento descartável que deveria ser de uso único.

A transmissão do vírus da imunodeficiência humana é um risco associado à partilha de agulhas, seringas ou outros equipamentos utilizados em procedimentos de preparação de drogas ilícitas para injeção, conforme indicado pela Direção-Geral de Saúde.

Apesar disso, o relatório destaca que estes são os primeiros casos documentados de contaminação relacionados com tratamentos cosméticos. Muitos destes tratamentos, como o botox para redução de rugas ou o preenchimento labial, são realizados com o uso de agulhas.

De acordo com a agência Associated Press, as três mulheres submeteram-se a um procedimento conhecido como “vampire facial”, que envolve o Plasma Rico em Plaquetas. Neste procedimento, o próprio sangue do cliente é extraído e, utilizando pequenas agulhas, é injetado no rosto para rejuvenescimento da pele.

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As autoridades de saúde iniciaram uma investigação ao spa em 2018, quando receberam uma notificação sobre uma mulher de cerca de 40 anos que testou positivo para HIV, apesar de não possuir fatores de risco conhecidos. A mulher relatou ter sido exposta a agulhas durante o tratamento.

O estabelecimento foi encerrado alguns meses após o início da investigação e o proprietário foi acusado de praticar medicina sem licença.

O relatório enfatiza a importância de exigir práticas de controle de infeção por parte das empresas que oferecem tratamentos cosméticos com agulhas.

Em Portugal, a ASAE anunciou a instauração de cerca de 90 processos-crime por usurpação de funções de medicina estética, relacionados com a administração de botox em clínicas, salões de beleza e cabeleireiros. Esta prática envolve atos médicos realizados por pessoas não habilitadas, podendo causar danos físicos permanentes e irreversíveis.