Milhares de pessoas manifestaram-se em Berlim contra o racismo e os movimentos de extrema-direita, numa altura em que o partido anti-imigração AfD cresce nas sondagens.
A praça em frente ao parlamento alemão, o Reichstag, estava repleta de manifestantes que gritavam palavras de ordem como “todos juntos contra o fascismo”.
O protesto, que reuniu mais de 1.500 organizações, foi transmitido em direto através do YouTube.
A polícia estimou a participação em cerca de 100 mil pessoas e mobilizou 700 agentes para garantir a segurança do evento.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, manifestou o seu apoio aos manifestantes na rede social X (Antigo Twitter): “Seja em Eisenah, Homburg ou Berlim, estão reunidos muitos cidadãos para se manifestarem contra o esquecimento, o ódio e a incitação ao ódio. É um sinal forte para a democracia e a nossa Constituição.”
O protesto ocorre num contexto de abrandamento económico e de inflação na Alemanha, fatores que têm contribuído para a subida do partido anti-imigração e antissistema Alternativa para a Alemanha (AfD) nas sondagens.
A AfD está a ganhar terreno, especialmente nas regiões leste do país, onde se realizam três importantes eleições regionais nos próximos meses.
Estão previstas mais manifestações pacíficas contra o racismo e a extrema-direita em outras cidades da Alemanha.
Os organizadores do protesto consideraram a manifestação um grande sucesso e um sinal importante da luta contra o racismo e a extrema-direita na Alemanha.
Os partidos políticos de esquerda e centro também manifestaram o seu apoio aos manifestantes.
O AfD criticou a manifestação, alegando que se trata de uma tentativa de silenciar as vozes críticas ao governo.
A manifestação é um sinal da crescente preocupação com o racismo e a extrema-direita na Alemanha.
O crescimento do AfD nas sondagens é um desafio para a democracia alemã.
As próximas eleições regionais serão um teste importante para a força da extrema-direita no país.