O número de mortos num ataque a um edifício residencial em Damasco, na Síria, atribuído a Israel, aumentou para 13, entre os quais cinco comandantes dos Guardas da Revolução iranianos.
O ataque, que aconteceu no sábado, destruiu um edifício de quatro andares, situado no bairro de Mezze, um dos mais ricos da capital síria.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem sede no Reino Unido, mas conta com uma ampla rede de colaboradores no terreno, as vítimas mortais do ataque contam-se “cinco iranianos, quatro sírios, contratados pelas milícias iranianas, dois libaneses e um iraquiano”, bem como um civil sírio.
O OSDH afirma que o ataque foi realizado por “aviões de combate israelenses”.
O ataque surge no contexto da escalada de violência entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
A ofensiva israelita contra Gaza, que começou em 7 de outubro, já provocou a morte de mais de 25.000 pessoas, na sua maioria civis, e feriu mais de 60.000.
A ofensiva também causou a destruição da maioria das infraestruturas de Gaza e obrigou cerca de dois milhões de pessoas a abandonarem as suas casas.
O ataque a Damasco é visto como uma resposta de Israel ao apoio do Irão ao Hamas.
O Irão é um dos principais aliados do Hamas e fornece-lhe armas e apoio financeiro.
O ataque a Damasco é o mais recente de uma série de ataques israelitas a alvos iranianos na Síria.
Desde o início da guerra civil na Síria, em 2011, Israel lançou centenas de ataques a alvos iranianos, sírios e de milícias aliadas ao Irão.
Os ataques israelitas visam impedir o Irão de estabelecer uma base militar permanente na Síria.