O Comité Executivo Nacional (NEC) do Congresso Nacional Africano (ANC) decidiu, na segunda-feira, suspender sumariamente o antigo presidente Jacob Zuma, por violar os estatutos do partido.
Zuma foi suspenso por apoiar o recém-criado partido MK, que é visto como uma ameaça ao ANC. O estatuto do ANC proíbe os seus membros de apoiarem outros partidos ou organizações que sejam contrários aos seus objetivos.
A decisão do NEC foi tomada por maioria, com alguns membros a defenderem a expulsão imediata de Zuma. No entanto, o partido optou por seguir o caminho da ação disciplinar, que pode demorar algum tempo.
A suspensão de Zuma é um golpe para o seu poder e influência no ANC. O ex-presidente continua a ser uma figura popular entre alguns setores do partido, mas a sua suspensão pode enfraquecer o seu apoio.
A decisão do NEC também é um sinal de que o ANC está a tentar reafirmar a sua autoridade sob o atual presidente, Cyril Ramaphosa. Ramaphosa tem enfrentado críticas de Zuma e de seus aliados, que o acusam de ser corrupto e de estar a afastar o partido da sua base ideológica.
A suspensão de Zuma é uma medida importante para Ramaphosa, mas não é o fim do problema. Zuma continua a ser uma figura poderosa no ANC, e sua suspensão pode levar a uma divisão no partido.