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Presidente do Chile pede desculpas a quem fugiu após o golpe de Pinochet

O presidente chileno, Gabriel Boric, pediu desculpas em nome do Estado aos compatriotas que tiveram que fugir para França a partir de 1973, quando o governo do socialista Salvador Allende foi derrubado por um golpe liderado pelo general Augusto Pinochet.

“Em nome do Estado do Chile, peço perdão. Embora não tenhamos sido nós, foi o Estado que formalmente o privou da pátria e isso é inaceitável”, disse Gabriel Boric, depois de assistir a um documentário sobre os 50 anos do golpe, denominado “Revoir l’Ambassade, mémoires franco-chiliennes”, de Thomas Lalire e Benoit Keller.

O presidente chileno garantiu que estará envolvido para continuar “procurando a verdade e a justiça” sobre os desaparecidos durante a ditadura de Pinochet e elogiou a figura de Allende pelas “condenações” que representa.

“Cabe a nós convocar as novas gerações [chilenas] para entender o que foi [o golpe há 50 anos] e que não volte a acontecer”, enfatizou.

No documentário são reconstruídas as experiências registadas no diário de Françoise de Menthon, esposa do embaixador da França no Chile, Pierre de Menthon, numa altura em que centenas de chilenos refugiaram-se na delegação diplomática francesa após o golpe de 11 de setembro de 1973.

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Entretanto, estima-se que França terá acolhido mais de 10.000 chilenos que fugiram do regime de Pinochet, segundo a agência EFE.