O exército somali matou pelo menos 30 terroristas do Al-Shebab em confrontos no centro da Somália, informou o Governo daquele país africano.
“As nossas forças atuaram rapidamente contra os terroristas do Al-Shebab que se estavam a reagrupar na zona. Matámos 30 combatentes e obrigámo-los a fugir, deixando para trás os seus corpos sem vida”, declarou o ministro-adjunto da Informação, Abdirahman Yusuf Al-adala, à agência noticiosa nacional da Somália (SONNA).
“Estamos empenhados em destruir a rede terrorista nesta região e em todo o país”, acrescentou, referindo que os combates ocorreram nas zonas fronteiriças, entre as regiões de Galgudug e Middle Shabelle.
Hassan Sheikh Mohamud, presidente da Somália, anunciou uma “guerra total” contra o Al-Shebab em agosto de 2022 e, desde então, o exército somali, apoiado pela Missão de Transição da União Africana na Somália (ATMIS), tem levado a cabo ofensivas contra os terroristas, por vezes com a assistência militar dos Estados Unidos.
Em resposta, o grupo terrorista levou a cabo atentados de grande dimensão, como o duplo atentado com carro armadilhado de 29 de outubro contra o Ministério da Educação na capital, Mogadíscio, que matou pelo menos 120 pessoas.
O Al-Shebab, afiliado desde 2012 à Al-Qaida, efetua frequentemente ataques na capital e noutras partes do país com o objetivo de derrubar o governo central – apoiado pela comunidade internacional – e estabelecer um estado islâmico de estilo Wahhabi (ultraconservador).
No entanto, o grupo terrorista controla as zonas rurais do centro e do sul da Somália, atacando também países vizinhos, como o Quénia e a Etiópia.
A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um Governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas e senhores da guerra.