O general Valery Zaluzhny, comandante das Forças Armadas ucranianas, anunciou no sábado, que as tropas lideradas por Volodymyr Zelensky estão prontas para iniciar a prometida contraofensiva no terreno.
Num vídeo publicado no Twitter, o responsável escreveu: “Chegou a hora de recuperar o que é nosso”, dando, assim, o pontapé de saída para um momento esperado há vários meses.
No mesmo dia, a BBC divulgou uma entrevista com o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Oleksiy Danilov, na qual o alto funcionário deu sinais de que o ataque estaria para breve.
Apesar de não se comprometer com datas, o responsável admitiu que a operação, que tem como objetivo recuperar o território dominado pelas tropas russas, pode começar “amanhã, depois de amanhã ou numa semana”.
A Ucrânia tem vindo a planear uma contraofensiva há vários meses, mas esteve sempre dependente do armamento que foi chegando do Ocidente.
Numa altura em que Kiev já recebeu diferentes tipos de armas provenientes dos países aliados, Danilov admitiu que o Estado invadido está pronto para o próximo passo, estando apenas à espera do aval dos comandantes.
“Temos uma tarefa muito responsável. Não temos o direito de cometer um erro”, referiu à televisão britânica.
O alto funcionário confirmou ainda que os paramilitares do grupo Wagner já estão a abandonar Bakhmut, tal como já tinha sido antecipado pelo chefe da organização Yevgeny Prigozhin.
Porém, admitiu que as forças de Kiev “apenas dominam uma pequena parte da cidade”, que, ao longo dos últimos meses, ficou completamente destruída devido aos intensos combates.
Menos de uma semana após a investida em Belgorod, a Rússia voltou a fazer referência a um ataque no próprio território, alegando que dois drones danificaram um prédio que administra um oleoduto na região de Pskov. Nenhuma vítima foi relatada e foi aberta uma investigação.