Destaque Parlamento da África do Sul chumba destituição de Ramaphosa

Parlamento da África do Sul chumba destituição de Ramaphosa

O parlamento da África do Sul recusou, terça-feira, o relatório de um painel de especialistas que terá encontrado evidências de que o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, violou a constituição daquele país ao guardar grandes somas de dinheiro em moeda estrangeira na sua fazenda.

Com a decisão, o líder sul-africano livra-se de um processo de impeachment.

A recusa em abrir o processo de impeachment no parlamento sul-africano já era esperada desde a semana passada, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), decidiu apoiar o presidente no Parlamento.

O ANC detém uma maioria confortável na Assembleia Nacional sul-africana, o que, segundo analistas, tornou o processo de impeachment quase impossível de acontecer.

Os partidos na oposição solicitaram logo no início da sessão de ontem que o voto fosse secreto, o que faria com que parlamentares filiados ao ANC votassem em sentido contrário à decisão da cúpula do partido, mas o pedido foi negado.

Apesar disso, quatro parlamentares do ANC votaram a favor do impeachment, para além da ausência de outros três, tal como a ministra do Turismo, Lindiwe Sisulu.

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Ao todo, 214 deputados votaram contra o impeachment e 148 a favor; outros dois abstiveram-se.

A suspeita contra o presidente surgiu em Junho, após o ex-chefe dos serviços secretos da África do Sul acusar Ramaphosa de lavagem de dinheiro e corrupção em decorrência do encobrimento de um grande roubo de dinheiro na sua fazenda.

O processo ficou conhecido por “farmgate” e de Phala Phala, nome da propriedade.